01 set Perguntas e respostas sobre anestesia em Cirurgia Pediátrica
Perguntas frequentes
Meu filho pode se alimentar antes da cirurgia?
Não! O jejum é muito importante!! Nas cirurgias existe um período de jejum que deve ser obedecido rigorosamente para evitar que a criança vomite no início da anestesia ocasionando problemas respiratórios graves e imediatos. Há orientações diferentes para o tempo de jejum conforme o tipo de alimento e a idade da criança.
O que é medicação pré-anestésica?
Atualmente utilizamos uma medicação pré-anestésica em forma de xarope, quando necessário, que tem a finalidade de deixar a criança menos estressada e às vezes até sonolenta, possibilitando que ela seja levada para a sala de cirurgia de forma mais tranquila.
Você deve sempre falar a “verdade para a criança”, e vale a pena ressaltar que a criança após os 6 a 7 anos já é capaz de desenvolver um raciocínio em cima das informações que recebe. Neste momento é necessário transmitir segurança, confiança e bem-estar. A presença de um dos pais com a criança, dentro da sala de cirurgia, até que ela adormeça, tem sido uma conduta que deixa ambos, pais e pacientes, muito mais tranquilos.
Meu filho vai sentir dor depois da cirurgia?
Caso não exista nenhuma contraindicação, em quase todas as cirurgias pediátricas é realizada, em associação à anestesia geral, uma anestesia regional (com anestésico local), com o objetivo de promover um período de analgesia (sem dor) nas primeiras horas após a criança ser liberada do centro cirúrgico.
Meu filho doente, pode receber anestesia mesmo assim?
A criança que está “doente”, por exemplo resfriada, com febre, com tosse produtiva, com chiado no peito, com diarreia, ou outras alterações, deve ser avaliada quanto a urgência da cirurgia. A remarcação da cirurgia é uma possibilidade, pois há um tempo para criança recuperar-se e realizar a cirurgia em ótimas condições, com isso, diminuindo o risco de complicações durante e após a cirurgia.
Como é o pós-operatório?
O despertar da anestesia é realizado na sala de cirurgia e depois a criança é transferida para a sala de recuperação pós-anestésica (RPA), que fica dentro do centro cirúrgico, sendo acompanhada pela equipe de enfermagem e pelo anestesista. Neste momento também chamamos um dos responsáveis para que o restante de sua recuperação já ocorra ao lado de seu pai ou sua mãe, deixando-os mais seguros e tranquilos.
A alta da RPA será possível assim que a criança estiver mais acordada, voltando para a unidade onde estava internada, sendo normal que ainda esteja meio sonolenta por um período que é variável, a depender da sensibilidade da criança aos anestésicos utilizados.
A alimentação é liberada quando a criança estiver bem acordada e de alguma forma pedir pela mamadeira ou comida; esse é o melhor indicador para começar a alimentá-la novamente de forma gradativa.
Para que a criança receba a alta hospitalar, deverá estar bem acordada, ter se alimentado bem e estar com a dor controlada ou sem dor. Vale lembrar que as medicações analgésicas prescritas pelo cirurgião, bem como as orientações pós-operatórias recebidas por escrito, deverão ser seguidas para um período de pós-operatório mais tranquilo.
Procure sempre orientações do cirurgião pediátrico para possíveis dúvidas e esclarecimentos sobre anestesia e pós-operatório.