
04 set Acalasia do Esôfago. Conheça os sintomas!
O esôfago e o estômago se encontram através de um espessamento da musculatura esofágica, em sua porção mais baixa, que funciona como uma válvula que controla a passagem dos alimentos ingeridos do esôfago para o estômago. Esta “válvula” é chamada esfincter esofágico inferior (EEI). Quando não estamos engolindo, esse músculo permanece fechado evitando que o conteúdo do estômago não retornem ao esôfago.
Quando o esôfago sofre de um problema de inervação, há dificuldade para o transporte dos alimentos da boca ao estômago. Isto pode estar acontecendo por causa de uma doença chamada acalásia esofágica. Trata-se e uma doença rara na infância e de difícil diagnóstico.
Um dos principais sintomas que os pacientes apresentam, inicialmente, é a dificuldade para engolir sólidos, que acaba por progredir para dificuldade para ingesta até mesmo de líquidos, com o avançar da doença.
Outros sintomas que são comuns em pacientes com acalasia são: desconforto ou dor no peito, tosse, azia, perda de peso, vômitos, doença de refluxo gstroesofágico, entre outros.
Para o correto diagnóstico, alguns exames são necessários. Dentre eles:
- Seriografia esofágica: ajuda na identificação da morfologia do esôfago visto que o paciente ingere contraste com bário e radiografias são registradas;
- Endoscopia digestiva: utilizando-se fibra óptica para estudar o esôfago por dentro e avaliar como está a transição entre este e o estômago, assim como descartar outros problemas que possam estar causando os mesmos sintomas;
- O diagnóstico definitivo é realizado por meio de um exame chamado manometria esofágica. Durante esse teste a pressão dentro do esôfago distal e no EEI é avaliada e confirma-se a descoordenação destes segmentos e o não relaxamento do EEI.
O tratamento para acalasia de esôfago se dá de diversas formas:
- Dilatação esofágica: uma terapia não cirúrgica que passa um balão no esôfago, por endoscopia, para abrir o esfíncter inferior do esôfago e dilatar o EEI. Em grande parte das vezes o procedimento tem de ser repetido;
- Toxina botulínica: Pequenas quantidades de toxina botulínica são injetadas no EEI, com o intuito de levar ao um relaxamento do mesmo. Como o efeito é temporário, a repetição das injeções são quase sempre necessárias.
- Medicação: Certos medicamentos podem ajudar aqueles pacientes que não podem tolerar a cirurgia e não têm sucesso com a terapia botulínica. O alívio dos sintomas também é temporário.
Como cuidamos da acalasia esofágica – Cirurgia
Por meio da vídeo-laparoscopia, é realizada a liberação desta musculatura que não relaxa, permitindo assim a “descida” dos alimentos até o estômago: esta cirurgia é chamada esofagomiotomia de Heller. Uma técnica cirúrgica antirefluxo é associada ao procedimento para diminuir sintomas de refluxo no pós-operatório
Caso você tenha algum desses sintomas ou já tem o diagnóstico, entre em contato conosco. Teremos o prazer em atendê-los!