22 ago Linfangiomas. Saiba mais!
Linfangiomas são anomalias congênitas compostas de canais linfáticos dilatados, resultantes de um defeito embrionário no desenvolvimento intra-utero. São preenchidos com um fluido proteico e geralmente não possui conexão ao sistema linfático normal, sendo sua incidência estimada em 1,2 a 2,8 para cada 1000 nascidos-vivos.
O higroma cístico, como também é conhecido, não é uma neoplasia, mas possui a capacidade de envolver estruturas adjacentes, como os planos fasciais, músculos, vasos e nervos, o que dificulta sua excisão cirúrgica.
Manifestam-se como massa cística, mole, não pulsátil, multiloculada, recoberta por pele normal, presente desde o nascimento ou a primeira infância.
Podem ser encontrados em qualquer região anatômica, sendo as mais comuns: cabeça e pescoço (48%), tronco e extremidades (42%), seguidos de órgãos intratorácicos ou intrabdominais (10%).
A ultrassonografia pré-natal pode detectar lesões macrocíticas durante o final do primeiro trimestre. Caso não sejam diagnosticados no período pré-natal, os linfangiomas são usualmente evidentes ao nascimento, ou antes dos 2 anos de vida.
Exames complementares como radiografias de tórax e de pescoço (lateral), ultrassonografia, tomografia computadorizada (TC) ou ressonância nuclear magnética (RNM) podem ser necessárias.
Apesar da ressecção cirúrgica ainda parecer ser o melhor tratamento para os linfangiomas, outras opções, como a escleroterapia, têm sido propostas como alternativas para reduzir o impacto e as complicações operatórias. Várias substâncias como dextrose, bleomicina e OK-432 têm sido usadas como agentes esclerosantes. Após sua aplicação, eles determinam um processo inflamatório seguida de fibrose perilesional, dificultando o reacúmulo de linfa e facilitando, desse modo, uma eventual excisão cirúrgica.
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