Cistos e Fístulas Branquiais!

28 jun Cistos e Fístulas Branquiais!

São anomalias da formação da cabeça e pescoço oriundas de um ou mais arcos, fendas ou bolsas branquiais que persistiram anormalmente após o nascimento e devem ser consideradas no diagnóstico diferencial das anomalias congênitas de cabeça e pescoço em crianças. Essas lesões podem se apresentar como massas císticas palpáveis, fístulas, seios ou restos ou remanescentes branquiais. Anomalias dos arcos branquiais representam cerca de 30% das lesões congênitas da cabeça e pescoço. Até 10% tem história familiar e mais de 90% dos casos são decorrentes de anomalias do 2o arco branquial, sendo por este motivo que nos deteremos mais neste tipo de anomalias:
Cistos da 2a fenda branquial são responsáveis por 90% das anomalias branquiais. Mais freqüentemente, esses cistos são identificados ao longo da borda anterior do terço superior ou médio do músculo esternocleidomastoideo, aparecendo clinicamente a partir dos 10 anos de vida.

Tem consistência elástica, geralmente não dolorosa, móvel, forma ovóide e superfície lisa. Infecção dos cistos branquiais com dor, vermelhidão e inchaço ocorre em aproximadamente ¼ dos casos.
O diagnóstico pode ser confirmado com a ultrassonografia cervical em se tratando de um cisto branquial.
O tratamento é cirúrgico e indicado após os 6 meses de idade. É importante o tratamento clínico do quadro infeccioso, se presente, com antibióticos e calor local. Com isso diminui-se riscos durante o ato operatório.
Fístula branquial é a pequena abertura na pele que drena muco ou líquido próximo à borda frontal do músculo esternocleidomastóideo. O óstio é geralmente observado no nascimento logo acima da clavícula no pescoço anterior.
A realização de uma fistulografia pode mostrar o trajeto ascendente que deverá ser totalmente excisado durante a cirurgia.

Para que isto seja possível, algumas vezes faz-se necessária uma nova incisão cervical escalonada o que permitirá um alcance mais superior do trajeto.