Walberto Souza | Defeitos da Parede Abdominal: ONFALOCELE E GASTROSQUISE.
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Defeitos da Parede Abdominal: ONFALOCELE E GASTROSQUISE.

Defeitos da Parede Abdominal: ONFALOCELE E GASTROSQUISE.

ONFALOCELE

Trata-se de má formação resultante do não-retorno do intestino para a cavidade abdominal, o que geralmente ocorre entre a 8ª e a 10ª semana de desenvolvimento embrionário. Com isso é causada por uma abertura (defeito) na parte central da parede abdominal na altura do umbigo. A pele, músculo e tecido fibroso estão ausentes. O intestino se projeta (ocorre uma herniação) através da abertura sendo recoberto por uma membrana fina. O cordão umbilical está no centro do defeito. No tipo mais brando de onfalocele, apenas uma pequena parte do intestino passa pelo orifício. Já em casos mais graves, vários órgãos podem estar na parte externa do corpo, o que dificulta o fechamento cirúrgico.

Gastrosquise

A gastrosquise também é uma abertura anômala da parede abdominal, próxima ao umbigo (geralmente à direita), mas não diretamente sob ele, como ocorre na onfalocele. Assim como na onfalocele, a abertura permite que os intestinos se projetem através dela, mas diferentemente da onfalocele, não há uma membrana fina recobrindo o intestino, havendo contato das alças intestinais com o líquido amniótico da mãe, causando uma inflamação nas alças chamada de “peritonite amniótica”, dificultando o início dos movimentos intestinais após o nascimento, formação de tecido cicatricial e/ou obstrução do intestino do recém-nascido.

Diagnóstico

Tanto a onfalocele como a gastrosquise costumam ser diagnosticadas antes do nascimento por meio de ultrassonografia pré-natal de rotina.


Ultrassom mostrando conteúdo abdominal fora da cavidade abdominal do feto.

Caso contrário, os defeitos são muito evidentes assim que o bebê nasce, sendo feito o diagnóstico na sala de parto.

 Tratamento

 Assim que o bebê nasce, o intestino exposto é coberto com um curativo estéril e o bebê recebe hidratação e antibióticos pela veia. É necessário ser avaliado por um cirurgião pediátrico para reinserção dos órgãos expostos no abdômen e fechamento da falha da parede abdominal, sempre que possível. Defeitos maiores às vezes exigem que o cirurgião neonatal faça uso de uma prótese protetora (chamada silo) e gradualmente vá reduzindo os órgãos expostos ao abdome no decorrer de vários dias ou semanas.


Silo

Quando todo o intestino tiver retornado para o interior do abdome, a abertura poderá ser fechada cirurgicamente. Por isso a importância de se ter um cirurgião pediátrico para acompanhamento mesmo antes do nascimento, onde serão esclarecidas dúvidas e serão dados esclarecimentos sobre a doença, a cirurgia e seus riscos e benefícios.

Agende uma consulta conosco e venha esclarecer suas dúvidas!

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