Walberto Souza | Apendicite Aguda na Infância
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Apendicite Aguda na Infância

Apendicite Aguda na Infância

Apendicite aguda é o nome dado à inflamação do apêndice cecal, que é uma extensão do ceco, primeira porção do intestino grosso. Esta afecção pode acontecer em indivíduos de todas as idades, mas é mais comum na 2a e 3a década de vida.
A inflamação do apêndice pode ocorre em consequência de sua obstrução por fecalitos (resíduos de fezes). Como resultado dessa obstrução, há proliferação de bactérias nessa região, instalando-se um processo infeccioso, variando de leve a intenso, a depender do tempo de evolução do quadro. Outras causas de obstrução da sua luz (porção interna do apêndice) podem ser parasitas intestinais, resíduos alimentares ou aumento do volume do tecido linfático, que é rico nesta região.

O sintoma característico da apendicite é a dor abdominal, iniciada normalmente próxima à região do estômago, associada à perda de apetite (anorexia) e náuseas. Com a evolução do quadro, a dor “migra”, avançando para a região do umbigo, e daí até atingir a região inferior e direita do abdome. Nessa fase, podem ocorrer vômitos. Febre baixa também é comum, chegando até 38.5°C.
Quando é realizado o exame físico no paciente, este sente dor à palpação na região inferior direita do abdômen, com frequente endurecimento da parede abdominal neste local. O funcionamento intestinal (chamado de peristaltismo) fica mais lentificado, levando a uma redução da eliminação de gases e fezes e aumento do volume do abdome. Ocorrendo a perfuração do apêndice, com o progredir do quadro de inflamação e infecção, há extravasamento de conteúdo do intestino grosso para dentro da cavidade abdominal, levando à piora do quadro com formação de pus (supuração).

O diagnóstico, primeiramente, é feito com base no quadro clínico do paciente (associação da história da doença contada pelos familiares e o exame físico minucioso e adequado realizado pelo médico responsável). Se necessário, serão solicitados outros exames complementares como hemograma e exame de urina, radiografia de tórax e abdome. Se ainda assim o diagnóstico for duvidoso, à critério do médico avaliador, poderá ser solicitado outro exame de imagem como a ultrassonografia ou a tomografia computadorizada.
O tratamento é uma cirurgia de urgência sendo realizada a retirada do apêndice (apendicectomia) que poderá ser por meio da via aberta (incisão única de tamanho variado a depender da gravidade do paciente) ou por video-laparoscopia (múltiplas pequenas incisões por onde são introduzidos instrumentos e com auxilio dos quais a cirurgia é realizada).

Em caso de dúvidas, consulte seu médico pediatra, leve seu filho ou filha a um pronto-atendimento pediátrico ou ao cirurgião pediátrico; este último, profissional qualificado para realizar o tratamento cirúrgico adequado do paciente.