Walberto Souza | Criptorquia, Criptorquidia ou Distopia Testicular
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Criptorquia, Criptorquidia ou Distopia Testicular

Criptorquia, Criptorquidia ou Distopia Testicular

A criptorquia ou distopia testicular ocorre quando um ou ambos os testículos encontram-se 100 ou 50% do tempo fora da bolsa testicular, podendo se manifestar de duas formas:

  • Testículos identificados sempre fora da bolsa testicular, ou porque encontram-se no canal inguinal (testículos distópicos), ou por serem achados fora de seu trajeto habitual (ectópicos), ou por nunca serem encontrados durante o exame físico (testículos crípticos);
  • Testículos palpáveis durante o exame físico e que ora encontram-se no local adequado, na bolsa testicular, ora encontram-se em posição mais alta, no canal inguinal: são os chamados testículos retráteis.

DISTOPIA TESTICULAR OU TESTÍCULOS RETIDOS

Neste caso os testículos são palpáveis sempre fora da bolsa testicular. Eles se localizam no canal inguinal devido à interrupção de sua migração até o escroto e podem estar localizados na porção alta, média ou baixa do canal inguinal.

TESTÍCULO RETRÁTIL

É caracterizado pela movimentação do testículo, que pode se encontrar ora na bolsa, ora no canal inguinal. Neste caso, a indicação de cirurgia deverá estar relacionada à localização mais frequente deste testículo: se ficar mais fora da bolsa que na posição adequada, o tratamento cirúrgico está indicado. Por isso o acompanhamento com um Cirurgião Pediátrico, regularmente, é importante na definição destes casos.

TESTÍCULO NÃO PALPÁVEL OU CRÍPTICO

Em alguns casos, diferente dos citados acima, o testículo não é palpável na bolsa testicular ou no canal inguinal. Não existem exames radiológicos que confirmem com 100% de precisão a existência do testículo impalpável. Desta forma, deverá ser realizada uma vídeo-laparoscopia diagnóstica com o intuito de saber se há testículo intra-abdominal, retido, ou se não ocorreu o desenvolvimento embriológico do(s) testículo(s), chamado agenesia testicular.

ECTOPIA TESTICULAR

Palpação do(s) testículo(s) em localização não habitual ao seu trajeto de migração até a bolsa testicular, como períneo, raiz da coxa ou região supra-púbica.

A CIRURGIA

Após os seis meses de vida, deverá ser realizada uma cirurgia com o intuito de trazer e fixar o(s) testículo(s) retido(s) ou distópico(s) e ectópicos à bolsa. A cirurgia consiste em uma abordagem inguinal no(s) lado(s) acometido(s) com o propósito de liberar e baixar este testículo até a bolsa testicular da forma menos tensa a possível, evitando-se a exposição das células testiculares a uma temperatura maior que a ideal por mais tempo e com isso o aparecimento de alterações histológicas que podem levar ao comprometimento da gônada na vida adulta. O procedimento deve ser realizado por um especialista em cirurgia pediátrica, proporcionando resultados satisfatórios com baixos riscos de complicações.