06 maio Granuloma Piogênico
Granuloma piogênico
Também conhecido como “hemangioma eruptivo”, “hemangioma tipo tecido de granulação” ou “hemangioma capilar lobular” é um tumor benigno vascular verdadeiro que ocorre na mucosa ou na pele, causado por irritação local, traumas ou fatores hormonais. Envolve comumente a gengiva, pele e septo nasal, também já tendo sido encontrado em localizações diversas, como no tronco e membros. Sua superfície pode apresentar-se ulcerada, evoluindo com sangramento espontâneo ou secundário a um trauma local.
Etiologia
Embora originalmente se acreditasse que a lesão fosse causada por organismos infecciosos, atualmente acredita-se que o granuloma piogênico represente uma resposta tecidual a um irritante local ou a um trauma.
Características clínicas
O granuloma piogênico é um aumento de volume com superfície lisa ou lobulada, que usualmente é pediculada, embora algumas lesões sejam sésseis, que fica presa à pele ou não, em áreas de trauma, como prega ungueal (região de encontro da pele com a unha) e mucosa, em crianças e adultos. Seu tamanho pode variar de pequenos crescimentos com poucos milímetros, a grandes lesões que podem medir vários centímetros de diâmetro. Tipicamente, o crescimento é indolor, embora em geral sangre facilmente devido à sua extrema vascularização. Podem exibir um crescimento rápido, o que pode alarmar tanto os responsáveis pelo paciente quanto seu pediatra.
Localização e Epidemiologia
Os granulomas piogênicos orais mostram uma marcante predileção pela gengiva, representando 75% dos casos. Os lábios, a língua e a mucosa jugula são as outras localizações mais comuns. Não é incomum uma história de trauma antes do desenvolvimento da lesão. Embora o granuloma piogênico possa se desenvolver em qualquer faixa etária, ele é mais comum em crianças e adultos jovens. Muitos estudos também demonstram uma predileção pelo gênero feminino, possivelmente devido aos efeitos vasculares dos hormônios femininos.
Tratamento
O tratamento dos pacientes com granuloma piogênico consiste na excisão cirúrgica conservadora, que usualmente é curativa. O espécime deve ser submetido a exame microscópico para afastar o diagnóstico de lesões mais graves. Ocasionalmente, a lesão recidiva, e a reexcisão é necessária. Em raras situações são notadas múltiplas recidivas. Em caso de dúvidas, teremos prazer em fazer uma avaliação quanto à necessidade de tratamento cirúrgico ou não.