10 maio Estenose Hipertrófica do Piloro
A Estenose Hipertrófica do Piloro (EHP) caracteriza-se pela hipertrofia progressiva da musculatura do piloro, porção do tubo digestivo que controla o esvaziamento do estômago para a primeira porção do intestino, chamada duodeno. Caracteriza-se por um alongamento e estreitamento persistentes do canal pilórico.
A incidência varia entre as regiões, mas a expectativa geral é a de que essa patologia ocorra entre 2 a 4 crianças para cada 1.000 nascidos vivos, havendo predomínio pelo gênero masculino em uma proporção de quatro meninos para cada uma menina.
A apresentação clínica clássica consiste em vômitos frequentes, em jato, esbranquiçados, que ocorrem no período pós-alimentar. Com a evolução clínica da EHP, os vômitos passam a ser mais frequentes e mais volumosos, podendo estar associado ou não a perda de peso.
O diagnóstico muitas vezes é sugerido pelo exame clínico através da palpação de uma massa conhecida como oliva pilórica, na região superior do abdome, decorrente da hipertrofia dos músculos do piloro e pode ser confirmado através de uma ultrassonografia de abdome, que mostrará o piloro com espessura e ou extensão maiores que o esperado para o bebê.
O paciente deverá então ser encaminhado para o cirurgião pediátrico que será o responsável pelo tratamento, que, nesses casos, é sempre cirúrgico. Realiza-se a secção das fibras musculares hipertrofiadas, permitindo que o conteúdo do estômago possa fluir normalmente novamente para o duodeno, resolvendo-se, dessa forma, os vômitos pós alimentares do paciente.
O mais importante é levar a criança ao médico, assim que se inicie o quadro de vômitos de repetição, para que seja avaliado! O pediatra ou o cirurgião pediátrico fará o adequado exame físico do paciente e, em casos específicos, indicará os melhores exames para o correto diagnóstico.
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