Walberto Souza | HEMANGIOMAS DA INFÂNCIA
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HEMANGIOMAS DA INFÂNCIA

HEMANGIOMAS DA INFÂNCIA

HEMANGIOMA – Entenda o que é esse tumor benigno comum na infância

EPIDEMIOLOGIA: Os hemangiomas são os tumores mais comunsna infância, ocorrendo em 3 a 10% das crianças no primeiro ano de vida. Existe uma predileção pela raça branca e pelo sexo feminino. Outros fatores de risco identificados são a prematuridade, muito baixo peso ao nascimento (<1500g) ou história familiar de hemangioma infantil (HI). Embora possam ter qualquer localização, os locais mais frequentemente afetados são a cabeça e o pescoço (60%), seguido do tronco (25%) e extremidades (15%). Os hemangiomas podem ser classificados quanto à profundidade da lesão em superficiais (50-60%), profundos (15%) ou mistos (25-35%).

 

CAUSA: Vários estudos têm sido desenvolvidos na tentativa de identificar os fatores causais. No entanto, nenhuma hipótese é suficiente para descrever todas as características dos HI. Estes parecem ser o resultado de uma combinação entre a predisposição genética e a influência do meio ambiente. Em geral, o problema se origina de um mau funcionamento de células que participam da formação vascular do bebê nas primeiras semanas de gestação.

QUADRO CLÍNICO: A história natural dos HI compreende três fases: proliferativa, involutiva e involuída. Habitualmente, a lesão encontra-se ausente ao nascimento, podendo existir uma lesão precursora em 50% dos casos. Cerca de 90% dos hemangiomas vão tornar-se evidentes no final do primeiro mês de vida. A fase de crescimento rápido é habitualmente mais pronunciada nos primeiros 3 a 6 meses de vida prolongando-se habitualmente até aos 9 – 12 meses. Após um período de estabilização, involui lentamente, manifestando-se por alteração da coloração na região central da lesão. Estima-se uma taxa de regressão aproximadamente 10% por ano. Assim, cerca de 50% das lesões regridem total ou parcialmente até os 5 anos e 90% até aos 9 anos.

TRATAMENTO: A maioria dos HI tem evolução favorável com regressão espontânea, sendo recomendada uma atitude conservadora, com acompanhamento periódico preferencialmente com documentação fotográfica e discussão com os responsáveis sobre as vantagens e eventuais desvantagens das opções terapêuticas disponíveis, procurando minimizar o stress da família. No entanto, 10 a 15% dos casos, incluindo os HI segmentares, com complicações locais ou em localizações com risco vital, funcional ou estético significativo, necessitam de tratamento, que poderá ser realizado por meio de medicações via oral como beta-bloqueadores, corticóides, chegando, até mesmo, ao tratamento cirúrgico quando próximos a orifícios naturais que venham a trazer prejuízos funcionais ao paciente, como olhos, cavidade nasal ou oral.

Todas as manchas de nascença, inclusive os hemangiomas, devem ser avaliadas pelo médico durante um exame de rotina. Apesar de benignas, essas manchas avermelhadas podem se tornar perigosas se não forem acompanhadas. Lembre-se: nada de medicar o seu filho por conta própria. Se houver suspeita de que o seu pequeno tem um hemangioma, faça-nos uma visita para que possamos oferecer um diagnóstico correto e orientar sobre o melhor tratamento a ser feito.
 

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