22 mar Litíase Biliar ou Colelitíase em Crianças
Entenda o que é:
A vesícula biliar é um órgão do nosso corpo que se localiza sob o fígado. Sua principal função é armazenar a bile, que ajuda na digestão das gorduras. Devido a certas anormalidades, podem desenvolver pedras que são chamados de cálculos biliares ou litíase biliar.
A litíase biliar sempre foi uma patologia rara em idade pediátrica, com uma incidência estimada em 0.1-2%. Nos últimos anos tem aumentado em crianças e adolescentes, tanto pelo maior número de situações clínicas predisponentes, particularmente a obesidade, causada por dietas ricas em gorduras, tanto pela maior facilidade em se fazer o diagnóstico, com a maior disponibilidade para a realização de ultrassonografia atualmente.
Tem como fatores etiológicos as doenças hemolíticas congênitas, como anemia falciforme, talassemia e esferocitose hereditária, fibrose cística, nutrição parenteral prolongada, ressecção intestinal extensa decorrente de malformações intestinais, com circulação entero-hepática anormal, e outras causas ainda desconhecidas. O uso de certos medicamentos (como antibióticos do grupo das cefalosporinas como a Ceftriaxona) pode determinar espessamento da bile, levando à formação de cálculos que podem vir a ser resolver espontaneamente.
Os fatores de risco para essa doença, sobretudo entre os adolescentes, assemelham-se aos adultos, como obesidade, uso de anticoncepcionais orais, doenças hepatobiliares, e histórico familiar, podendo haver complicações como a inflamação da vesícula biliar (colecistite) ou obstrução do ducto de drenagem da bile (colangite).
Quais os sintomas:
Os sintomas vão desde dor abdominal aguda inespecífica, na maioria das vezes do tipo recorrente, até sintomas biliares como cólica, náuseas e vômitos ou icterícia.
Como é o tratamento:
Em crianças que possuem os sintomas claramente relacionados à litíase biliar, recomenda-se o tratamento cirúrgico, no sentido de se evitar complicações. O tratamento mais indicado é a colecistectomia (retirada da vesícula biliar) por videolaparoscopia, evitando-se incisões maiores e permitindo um período de recuperação mais confortável para a criança.
A questão é como conduzir o caso do paciente portador de litíase vesicular que é assintomático: se deverá apenas ser acompanhado pelo seu cirurgião pediátrico ou submetido a cirurgia. Por isso o seguimento e as avaliações de rotina com seu médico responsável são tão importantes.
Procure sempre seguir as orientações de seu cirurgião pediátrico para que o paciente tenha a conduta mais adequada e, se necessária a cirurgia, que seja muito bem indicada.
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