Walberto Souza | Sinéquia ou Fusão Labial: Como identificar?
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Sinéquia ou Fusão Labial: Como identificar?

Sinéquia ou Fusão Labial: Como identificar?

Sinéquia ou Fusão de Pequenos Lábios Vaginais na infância

A fusão labial (FL) ou sinéquia vulvar (SV) refere-se à aderência parcial ou completa dos pequenos lábios. A condição é rara ao nascimento e ocorre mais comumente em meninas entre 3 meses e 6 anos de idade, com pico de incidência está entre 1 e 2 anos de idade.

CAUSA

A sinéquia vulvar é uma situação clínica adquirida, benigna, observada com alguma frequência em ambulatório pediátrico e que provoca ansiedade nos pais ao constatarem a alteração da anatomia vulvar normal.

As causas ainda não são totalmente conhecidas, mas estão relacionadas à baixa produção do hormônio feminino chamado estrogênio (natural nas meninas pequenas).
Outra causa é a anatomia local. Os pequenos lábios das meninas são internos, diferentemente dos das mulheres adultas, mais exteriorizados, o que também facilita a formação da sinéquia.

A aderência pode levar a infecções e retenção de urina causando desconforto, mau cheiro, corrimento e irritação da genitália da criança.

DIAGNÓSTICO

   Como a maioria dos casos é assintomática, pode passar despercebida ou ser de difícil percepção à observação dos pais ou dos médicos durante as consultas de rotina de pediatria, até porque o tamanho da sinéquia é variável. Algumas são pequenas, outras são fechadas até a uretra. Este factor contribui para um grande número de casos não relatados.

Ao exame clínico, a sinéquia vulvar apresenta-se como uma membrana pálida semitransparente entre os pequenos lábios, obstruindo o intróito vaginal. Existe alguma variedade na severidade e na espessura da membrana formada, variando desde uma membrana transparente a aderências fibróticas espessas e profundas.

TRATAMENTO

Não há unanimidade na abordagem terapêutica da fusão labial. Não tratar a sinéquia pode levar ao acúmulo de secreção local e à retenção uri­nária, favorecendo o surgimento de infecções.

O tratamento varia conforme abaixo:

  1. Observação clínica associada a cuidados locais de higiene;
  2. Aplicação topica de hormônios estrogênicos;
  3. Aplicação topica de corticóides como a betametasona;
  4. Tratamento cirúrgico –   A separação manual da sinéquia poderá ser feita com uso de anestésicos tópicos ou, dependendo da idade da paciente e do seu grau de colaboração, sob anestesia geral em ambiente de centro cirúrgico.

LEMBRAR: A RECIDIVA É COMUM nas sinéquias de pequenos lábios vaginais, independente do tratamento instituído, seja ele através de pomadas ou cirurgia.